Poderíamos dizer que exatamente as 21h30min do dia 09 de julho teve início nossa aventura, mas ela já havia começado dias antes quando a chefia se reuniu para acertar os detalhes da expedição, a praxe dos vitoriosos
que obtém sucesso em suas atividades, fora realizado todo o planejamento da atividade, programando todo o percurso inclusive a viagem de inspeção, na qual a chefia se deslocou pelo percurso planejado para que pudéssemos ter idéia do que enfrentaríamos.
Lançamos-nos noite adentro em direção a nosso objetivo, na seqüência: Mestre pioneiro Charles, Guias Rita e Luana (veja matéria especial página do Ramo Sênior), Chefe Zé Mario, Sênior “Zé”, Chefe Gledson (agora Escotista Investido), Sêniores Ítalo, Renan, Anderson, Chefes Zé Campo e André e Sênior Romário, Chefe Sênior Leandro (de coletes fosforescentes garantindo a segurança noturna). O desafio era simples: chegarmos todos no Sítio Covão, situado em um vale entre duas serras, na divisa dos distritos de Pessoa Anta e Timonha. Seguimos pela CE-311 em direção a localidade de Santa Teresinha já no Distrito (34 km de distância da sede de Granja), para dali depois de um merecido descanso sairmos da rodovia estadual e entramos na estrada carroçável que liga Santa Teresinha a localidade de Ibuaçu (ambos pertencentes a Pessoa Anta) no sopé do paredão que iríamos transpor para chegarmos ao nosso destino final.
Ao chegarmos em Ibuaçu por volta das 04h30 armamos nossas barracas e descansamos mais um pouco. Pela manhã tomamos café e começamos os preparativos para subida. A tropa Sênior confeccionou várias placas de madeira rústica com motivos preservacionistas para serem afixadas pela trilha para alertar outros desbravadores sobre a importância da preservação ambiental.
Logo após o almoço, iniciamos a nossa caminhada, devagar e pausadamente para que todos pudessem manter um ritmo constante, desbravamos do sopé ao cume tudo transcorrendo dentro de uma paz e tranqüilidade, que nos aliviava do cansaço da íngreme subida, ao passo curto que nos dava a oportunidade de apreciar as belezas encravadas nas encostas pedregosas. A trilha exigiu atenção, foi preciso abrir a trilha que se encontrava tomada pelas ervas, além de outras adversidades da fauna e flora típicas da região, como por exemplo, os “cachos” de maribondos e vespas pelos quais passávamos sem mexer para evitar acidentes e o mais importante, mantê-los em seu habitat natural, pois ali nós éramos os “invasores”.
Após 05 (cinco) horas de caminhada, chegamos ao cume, momento único que nos trouxe o misto de sentimentos, alívio pelo fim da escalada, alegria pelo fato de chegarmos a um dos objetivos da excursão, fascínio bela beleza que estávamos contemplando e tantos outros. Ali deixamos a marca de nosso Grupo Escoteiro, uma placa talhada na madeira por nosso presidente, Chefe Batista, para que naquele ponto lançássemos o 7° Grupo Escoteiro José Maria de Vasconcelos nos anais históricos dos desbravadores daquele cume.
Mais uma hora de caminhada, agora do cume ao Sítio Covão, já na penumbra do pôr-do-sol, que escondia o astro rei pelos recortes da Serra do Pitimbú, chegamos à sede do sítio e de frente à casa, aramos nosso campo e nos preparamos para enfrentarmos a vigília noturna, composta sempre por um adulto e um membro juvenil onde nos revezamos com os demais, sempre nessa formação, para cuidarmos da segurança do campo.
Já na manhã do dia 11 fora afixada outra placa talhada na madeira e colorida pelo Chefe Batista nas cores dourada com letras em vermelho com a inscrição 7° GE/CE, deixando assim a marca de nosso Grupo Escoteiro no Sítio Covão.
De volta ao cume agora mais rápido todos já de uniforme, tivemos um momento especial de nossa vitoriosa incursão por tão belo presente de Deus à nossa terrinha querida, a cerimônia de Promessa Escoteira do jovem Renan, que aceitou o compromisso de se unir à Fraternidade Mundial Escoteira tendo como testemunha o amanhecer frio e o céu nublado que fazia com que as nuvens serpenteassem as encostas orvalhadas da serra.
A descida foi mais amena, pois fomos recompensados por nosso Pai Celestial, com o Sol frio que nos levou de volta à localidade de Ibuaçu, mas precisamente à casa da Dona Ana, a quem muito agradecemos pela hospitalidade e o tratamento dispensado por ela para conosco até o momento de nosso retorno certos de que alcançamos nossos objetivos e orgulhos apesar da fadiga, com a promessa dentro de cada um de um dia voltarmos e revermos os locais maravilhosos por onde passamos.
Agradecemos primeiramente a Deus, como fizemos ao partir e ao chegar durante nosso desafio, em especial a Dona Ana e suas filhas que nos ajudaram enquanto estávamos na localidade de Ibuaçu ou nas muitas vezes que nos deram informações sobre nossa subida, aos pais dos membros juvenis que confiaram e acreditaram nos Chefes de Seção e Escotistas, aos membros juvenis que abrilhantaram nossa viagem com sua alegria, seus aprendizados e ensinamentos e a todos que contribuíram para que nossa aventura.